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quinta-feira, 28 de abril de 2011

Sou a prova de inclusão - INES, em defesa


Muito se ouve falar em inclusão das pessoas com deficiência, e posso deixar aqui a minha experiência, não só como ex-aluno e agora professor das redes estadual e municipal de educação do Rio de Janeiro acerca dela. Identifiquei-me muito com o vídeo acima, pois ele trata de um problema sério. A falta de estrutura, de informação, de divulgação . Como a inclusão é realizada, e quais os benefícios dela.

Como aluno, na década de 80, tive muita dificuldade no tocante a escolas adaptadas, a maioria das escolas públicas não era adaptada. Possuíam escadas, não tinham banheiros adaptados, o que tornava a vida de um cadeirante num caos. Hoje leciono em duas escolas planas, mas com barreiras arquitetônicas, falta de banheiros , portas estreitas. Ou seja, muito pouco mudou desde então nesse aspecto, apesar de termos leis e regulamentos obrigando a adaptação, já que vivemos num mundo para andantes, falantes, ouvintes, que desconhecem e/ ou ignoram a nossa realidade seja lá por quais motivos forem.

O nome do rapaz do vídeo acima é João Gabriel, ele é surdo e durante a vida escolar ele estudou em uma escola normal, assim como eu. Ele relata as dificuldades pelas quais passou para assistir as aulas sem ajuda de um intérprete, e mesmo assim, superou tudo e cursa faculdade, sem cotas. Ele ainda assim encontra dificuldades, por conta de uma inclusão não realizada plenamente. Ele não conhecia LIBRAS, a linguagem dos surdos, e nem o INES, um instituito federal renomado aqui no Rio de Janeiro que trata de pessoas surdas, promove cursos e etc. Assim como eu não conhecia os hospitais da rede Sarah, onde hoje me cuido. Acho importante citar a falta de informação, de infraestrutura como entrave à inclusão. Viver em um mundo que não é projetado, pensado, não só pra você, como para todos, na verdade não inclui, só exclui. Comentem



Até o próximo post

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